Psalms 129:1-150:6

Portuguese(i) 1 Gravemente me angustiaram desde a minha mocidade, diga agora Israel; 2 gravemente me angustiaram desde a minha mocidade, todavia não prevaleceram contra mim. 3 Os lavradores araram sobre as minhas costas; compridos fizeram os seus sulcos. 4 O Senhor é justo; ele corta as cordas dos ímpios. 5 Sejam envergonhados e repelidos para trás todos os que odeiam a Sião. 6 Sejam como a erva dos telhados, que seca antes de florescer; 7 com a qual o segador não enche a mão, nem o regaço o que ata os feixes; 8 nem dizem os que passam: A bênção do Senhor seja sobre vós; nós vos abençoamos em nome do Senhor. 130 1 Das profundezas clamo a ti, ó Senhor. 2 Senhor, escuta a minha voz; estejam os teus ouvidos atentos à voz das minhas súplicas. 3 Se tu, Senhor, observares as iniquidades, Senhor, quem subsistirá? 4 Mas contigo está o perdão, para que sejas temido. 5 Aguardo ao Senhor; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra. 6 A minha alma anseia pelo Senhor, mais do que os guardas pelo romper da manhã, sim, mais do que os guardas pela manhã. 7 Espera, ó Israel, no Senhor! pois com o Senhor há benignidade, e com ele há copiosa redenção; 8 e ele remirá a Israel de todas as suas iniquidades. 131 1 Senhor, o meu coração não é soberbo, nem os meus olhos são altivos; não me ocupo de assuntos grandes e maravilhosos demais para mim. 2 Pelo contrário, tenho feito acalmar e sossegar a minha alma; qual criança desmamada sobre o seio de sua mãe, qual criança desmamada está a minha alma para comigo. 3 Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre. 132 1 Lembra-te, Senhor, a bem de David, de todas as suas aflições; 2 como jurou ao Senhor, e fez voto ao Poderoso de Jacob, dizendo: 3 Não entrarei na casa em que habito, nem subirei ao leito em que durmo; 4 não darei sono aos meus olhos, nem adormecimento às minhas pálpebras, 5 até que eu ache um lugar para o Senhor uma morada para o Poderoso de Jacob. 6 Eis que ouvimos falar dela em Efrata, e a achamos no campo de Jaar. 7 Entremos nos seus tabernáculos; prostremo-nos ante o escabelo de seus pés. 8 Levanta-te, Senhor, entra no lugar do teu repouso, tu e a arca da tua força. 9 Vistam-se os teus sacerdotes de justiça, e exultem de júbilo os teus santos. 10 Por amor de David, teu servo, não rejeites a face do teu ungido. 11 O Senhor jurou a David com verdade, e não se desviará dela: Do fruto das tuas entranhas porei sobre o teu trono. 12 Se os teus filhos guardarem o meu pacto, e os meus testemunhos, que eu lhes hei de ensinar, também os seus filhos se assentarão perpetuamente no teu trono. 13 Porque o Senhor escolheu a Sião; desejou-a para sua habitação, dizendo: 14 Este é o lugar do meu repouso para sempre; aqui habitarei, pois o tenho desejado. 15 Abençoarei abundantemente o seu mantimento; fartarei de pão os seus necessitados. 16 Vestirei de salvação os seus sacerdotes; e de júbilo os seus santos exultarão 17 Ali farei brotar a força de David; preparei uma lâmpada para o meu ungido. 18 Vestirei de confusão os seus inimigos; mas sobre ele resplandecerá a sua coroa. 133 1 Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! 2 É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desceu sobre a barba, a barba de Arão, que desceu sobre a gola das suas vestes; 3 como o orvalho de Hermon, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordenou a bênção, a vida para sempre. 134 1 Eis aqui, bendizei ao Senhor, todos vós, servos do Senhor, que de noite assistis na casa do Senhor. 2 Erguei as mãos para o santuário, e bendizei ao Senhor. 3 Desde Sião te abençoe o Senhor, que fez os céus e a terra. 135 1 Louvai ao Senhor. Louvai o nome do Senhor; louvai-o, servos do Senhor, 2 vós que assistis na casa do Senhor, nos átrios da casa do nosso Deus. 3 Louvai ao Senhor, porque o Senhor é bom; cantai louvores ao seu nome, porque ele é bondoso. 4 Porque o Senhor escolheu para si a Jacob, e a Israel para seu tesouro peculiar. 5 Porque eu conheço que o Senhor é grande e que o nosso Senhor está acima de todos os deuses. 6 Tudo o que o Senhor deseja ele o faz, no céu e na terra, nos mares e em todos os abismos. 7 Faz subir os vapores das extremidades da terra; faz os relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus tesouros. 8 Foi ele que feriu os primogénitos do Egipto, desde os homens até os animais; 9 que operou sinais e prodígios no meio de ti, ó Egipto, contra Faraó e contra os seus servos; 10 que feriu muitas nações, e matou reis poderosos: 11 a Síon, rei dos amorreus, e a Ogue, rei de Basan, e a todos os reinos de Canaã; 12 e deu a terra deles em herança, em herança a Israel, seu povo. 13 O teu nome, ó Senhor, subsiste para sempre; e a tua memória, ó Senhor, por todas as gerações. 14 Pois o Senhor julgará o seu povo, e se compadecerá dos seus servos. 15 Os ídolos das nações são prata e ouro, obra das mãos dos homens; 16 têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem; 17 têm ouvidos, mas não ouvem; nem há sopro algum na sua boca. 18 Semelhantemente a eles se tornarão os que os fazem, e todos os que neles confiam. 19 Ó casa de Israel, bendizei ao Senhor; ó casa de Arão, bendizei ao Senhor; 20 ó casa de Levi, bendizei ao Senhor; vós, os que temeis ao Senhor, bendizei ao Senhor. 21 Desde Sião seja bendito o Senhor, que habita em Jerusalém. Louvai ao Senhor. 136 1 Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre. 2 Dai graças ao Deus dos deuses, porque a sua benignidade dura para sempre 3 Dai graças ao Senhor dos senhores, porque a sua benignidade dura para sempre; 4 ao único que faz grandes maravilhas, porque a sua benignidade dura para sempre; 5 àquele que com entendimento fez os céus, porque a sua benignidade dura para sempre; 6 àquele que estendeu a terra sobre as águas, porque a sua benignidade dura para sempre; 7 àquele que fez os grandes luminares, porque a sua benignidade dura para sempre; 8 o sol para governar de dia, porque a sua benignidade dura para sempre; 9 a lua e as estrelas para presidirem a noite, porque a sua benignidade dura para sempre; 10 àquele que feriu o Egipto nos seus primogénitos, porque a sua benignidade dura para sempre; 11 e que tirou a Israel do meio deles, porque a sua benignidade dura para sempre; 12 com mão forte, e com braço estendido, porque a sua benignidade dura para sempre; 13 àquele que dividiu o Mar Vermelho em duas partes, porque a sua benignidade dura para sempre; 14 e fez passar Israel pelo meio dele, porque a sua benignidade dura para sempre; 15 mas derrubou a Faraó com o seu exército no Mar Vermelho, porque a sua benignidade dura para sempre; 16 àquele que guiou o seu povo pelo deserto, porque a sua benignidade dura para sempre; 17 àquele que feriu os grandes reis, porque a sua benignidade dura para sempre; 18 e deu a morte a reis famosos, porque a sua benignidade dura para sempre. 19 a Síon, rei dos amorreus, porque a sua benignidade dura para sempre; 20 e a Ogue, rei de Basan, porque a sua benignidade dura para sempre; 21 e deu a terra deles em herança, porque a sua benignidade dura para sempre; 22 sim, em herança a Israel, seu servo, porque a sua benignidade dura para sempre; 23 que se lembrou de nós em nossa humilhação, porque a sua benignidade dura para sempre; 24 e nos libertou dos nossos inimigos, porque a sua benignidade dura para sempre; 25 que dá alimento a toda a carne, porque a sua benignidade dura para sempre. 26 Dai graças ao Deus dos céus, porque a sua benignidade dura para sempre. 137 1 Junto aos rios de Babilónia, ali nos assentamos e nos pusemos a chorar, recordando-nos de Sião. 2 Nos salgueiros que há no meio dela penduramos as nossas harpas, 3 pois ali aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções; e os que nos atormentavam, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos um dos cânticos de Sião. 4 Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra estrangeira? 5 Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha destra da sua destreza. 6 Apegue-se-me a língua ao céu da boca, se não me lembrar de ti, se eu não preferir Jerusalém à minha maior alegria. 7 Lembra-te, Senhor, contra os edomitas, do dia de Jerusalém, porque eles diziam: Arrasai-a, arrasai-a até os seus alicerces. 8 Ah! filha de Babilónia, devastadora; feliz aquele que te retribuir consoante nos fizeste a nós; 9 feliz aquele que pegar em teus pequeninos e der com eles nas pedra. 138 1 Graças te dou de todo o meu coração; diante dos deuses a ti canto louvores. 2 Inclino-me para o teu santo templo, e louvo o teu nome pela tua benignidade, e pela tua fidelidade; pois engrandeceste acima de tudo o teu nome e a tua palavra. 3 No dia em que eu clamei, atendeste-me; alentaste-me, fortalecendo a minha alma. 4 Todos os reis da terra de louvarão, ó Senhor, quando ouvirem as palavras da tua boca; 5 e cantarão os caminhos do Senhor, pois grande é a glória do Senhor. 6 Ainda que o Senhor é excelso, contudo atenta para o humilde; mas ao soberbo, conhece-o de longe. 7 Embora eu ande no meio da angústia, tu me revivificas; contra a ira dos meus inimigos estendes a tua mão, e a tua destra me salva. 8 O Senhor aperfeiçoará o que me diz respeito. A tua benignidade, ó Senhor, dura para sempre; não abandones as obras das tuas mãos. 139 1 Senhor, tu me sondas, e me conheces. 2 Tu conheces o meu sentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. 3 Esquadrinhas o meu andar, e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos. 4 Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces. 5 Tu me cercaste em volta, e puseste sobre mim a tua mão. 6 Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; elevado é, não o posso atingir. 7 Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença? 8 Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também. 9 Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, 10 ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá. 11 Se eu disser: Ocultem-me as trevas; torne-se em noite a luz que me circunda; 12 nem ainda as trevas são escuras para ti, mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa. 13 Pois tu formaste os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe. 14 Eu te louvarei, porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. 15 Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e esmeradamente tecido nas profundezas da terra. 16 Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um deles. 17 E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grande é a soma deles! 18 Se eu os contasse, seriam mais numerosos do que a areia; quando acordo ainda estou contigo. 19 Oxalá que matasses o perverso, ó Deus, e que os homens sanguinários se apartassem de mim, 20 homens que se rebelam contra ti, e contra ti se levantam para o mal. 21 Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que te odeiam? e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? 22 Odeio-os com ódio completo; tenho-os por inimigos. 23 Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos; 24 vê se há em mim algum caminho perverso, e guia-me pelo caminho eterno. 140 1 Livra-me, ó Senhor, dos homens maus; guarda-me dos homens violentos, 2 os quais maquinam maldades no coração; estão sempre projectando guerras. 3 Aguçaram as línguas como a serpente; peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios. 4 Guarda-me, ó Senhor, das mãos dos ímpios; preserva-me dos homens violentos, os quais planejaram transtornar os meus passos. 5 Os soberbos armaram-me laços e cordas; estenderam uma rede à beira do caminho; puseram-me armadilhas. 6 Eu disse, ao Senhor: Tu és o meu Deus; dá ouvidos, ó Senhor, à voz das minhas súplicas. 7 Ó Senhor, meu Senhor, meu forte libertador, tu cobriste a minha cabeça no dia da batalha. 8 Não concedas, ó Senhor, aos ímpios os seus desejos; não deixes ir por diante o seu mau propósito. 9 Não levantem a cabeça os que me cercam; cubra-os a maldade dos seus lábios. 10 Caiam sobre eles brasas vivas; sejam lançados em covas profundas, para que não se tornem a levantar! 11 Não se estabeleça na terra o caluniador; o mal persiga o homem violento com golpe sobre golpe. 12 Sei que o Senhor manterá a causa do aflito, e o direito do necessitado. 13 Decerto os justos louvarão o teu nome; os rectos habitarão na tua presença. 141 1 Ó Senhor, a ti clamo; dá-te pressa em me acudir! Dá ouvidos à minha voz, quando a ti clamo! 2 Suba a minha oração, como incenso, diante de ti, e seja o levantar das minhas mãos como o sacrifício da tarde! 3 Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta dos meus lábios! 4 Não inclines o meu coração para o mal, nem para se ocupar de coisas más, com aqueles que praticam a iniquidade; e não coma eu das suas gulodices! 5 Fira-me o justo, será isso uma benignidade; e repreenda-me, isso será como óleo sobre a minha cabeça; não o recuse a minha cabeça; mas continuarei a orar contra os feitos dos ímpios. 6 Quando os seus juízes forem arremessados duma penha abaixo, saberão que as palavras do Senhor são verdadeiras. 7 Como quando alguém lavra e sulca a terra, são os nossos ossos espalhados à boca do Seol. 8 Mas os meus olhos te contemplam, ó Senhor, meu Senhor; em ti tenho buscado refúgio; não me deixes sem defesa! 9 Guarda-me do laço que me armaram, e das armadilhas dos que praticam a iniquidade. 10 Caiam os ímpios nas suas próprias redes, até que eu tenha escapado inteiramente. 142 1 Com a minha voz clamo ao Senhor; com a minha voz ao Senhor suplico. 2 Derramo perante ele a minha queixa; diante dele exponho a minha tribulação. 3 Quando dentro de mim esmorece o meu espírito, então tu conheces a minha vereda; no caminho em que eu ando ocultaram-me um laço. 4 Olha para a minha mão direita, e vê, pois não há quem me conheça; refúgio me faltou; ninguém se interessa por mim. 5 A ti, ó Senhor, clamei; eu disse: Tu és o meu refúgio, o meu quinhão na terra dos viventes. 6 Atende ao meu clamor, porque estou muito abatido; livra-me dos meus perseguidores, porque são mais fortes do que eu. 7 Tira-me da prisão, para que eu louve o teu nome; os justos me rodearão, pois me farás muito bem. 143 1 Ó Senhor, ouve a minha oração, dá ouvidos às minhas súplicas! Atende-me na tua fidelidade, e na tua retidão; 2 e não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente. 3 Pois o inimigo me perseguiu; abateu-me até o chão; fez-me habitar em lugares escuros, como aqueles que morreram há muito. 4 Pelo que dentro de mim esmorece o meu espírito, e em mim está desolado o meu coração. 5 Lembro-me dos dias antigos; considero todos os teus feitos; medito na obra das tuas mãos. 6 A ti estendo as minhas mãos; a minha alma, qual terra sedenta, tem sede de ti. 7 Atende-me depressa, ó Senhor; o meu espírito desfalece; não escondas de mim o teu rosto, para que não me torne semelhante aos que descem à cova. 8 Faz-me ouvir da tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faz-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti elevo a minha alma. 9 Livra-me, ó Senhor, dos meus inimigos; porque em ti é que eu me refugio. 10 Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano. 11 Vivifica-me, ó Senhor, por amor do teu nome; por amor da tua justiça, tira-me da tribulação. 12 E por tua benignidade extermina os meus inimigos, e destrói todos os meus adversários, pois eu sou servo. 144 1 Bendito seja o Senhor, minha rocha, que adestra as minhas mãos para a peleja e os meus dedos para a guerra; 2 meu refúgio e minha fortaleza, meu alto retiro e meu e meu libertador, escudo meu, em quem me refugio; ele é quem me sujeita o meu povo. 3 Ó Senhor, que é o homem, para que tomes conhecimento dele, e o filho do homem, para que o consideres? 4 O homem é semelhante a um sopro; os seus dias são como a sombra que passa. 5 Abaixa, ó Senhor, o teu céu, e desce! Toca os montes, para que fumeguem! 6 Arremessa os teus raios, e dissipa-os; envia as tuas flechas, e desbarata-os! 7 Estende as tuas mãos desde o alto; livra-me, e arrebata-me das poderosas águas e da mão do estrangeiro, 8 cuja boca fala vaidade, e cuja mão direita é a destra da falsidade. 9 A ti, ó Deus, cantarei um cântico novo; com a harpa de dez cordas te cantarei louvores, 10 sim, a ti que dás a vitória aos reis, e que livras da espada maligna a teu servo David. 11 Livra-me, e tira-me da mão do estrangeiro, cuja boca fala mentiras, e cuja mão direita é a destra da falsidade. 12 Sejam os nossos filhos, na sua mocidade, como plantas bem desenvolvidas, e as nossas filhas como pedras angulares lavradas, como as de um palácio. 13 Estejam repletos os nossos celeiros, fornecendo toda sorte de provisões; as nossas ovelhas produzam a milhares e a dezenas de milhares em nossos campos; 14 os nossos bois levem ricas cargas; e não haja assaltos, nem sortidas, nem clamores em nossas ruas! 15 Bem-aventurado o povo a quem assim sucede! Bem-aventurado o povo cujo Deus é o Senhor. 145 1 Eu te exaltarei, ó Deus, rei meu; e bendirei o teu nome pelos séculos dos séculos. 2 Cada dia te bendirei, e louvarei o teu nome pelos séculos dos séculos. 3 Grande é o Senhor, e mui digno de ser louvado; e a sua grandeza é insondável. 4 Uma geração louvará as tuas obras à outra geração, e anunciará os teus actos poderosos. 5 Na magnificência gloriosa da tua majestade e nas tuas obras maravilhosas meditarei; 6 falar-se-á do poder dos teus feitos tremendos, e eu contarei a tua grandeza. 7 Publicarão a memória da tua grande bondade, e com júbilo celebrarão a tua justiça. 8 Bondoso e compassivo é o Senhor, tardio em irar-se, e de grande benignidade. 9 O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias estão sobre todas as suas obras. 10 Todas as tuas obras te louvarão, ó Senhor, e os teus santos te bendirão. 11 Falarão da glória do teu reino, e relatarão o teu poder, 12 para que façam saber aos filhos dos homens os teus feitos poderosos e a glória do esplendor do teu reino. 13 O teu reino é um reino eterno; o teu domínio dura por todas as gerações. 14 O Senhor sustém a todos os que estão a cair, e levanta a todos os que estão abatidos. 15 Os olhos de todos esperam em ti, e tu lhes dás o seu mantimento a seu tempo; 16 abres a mão, e satisfazes o desejo de todos os viventes. 17 Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, e benigno em todas as suas obras. 18 Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade. 19 Ele cumpre o desejo dos que o temem; ouve o seu clamor, e os salva. 20 O Senhor preserva todos os que o amam, mas a todos os ímpios ele os destrói. 21 Publique a minha boca o louvor do Senhor; e bendiga toda a carne o seu santo nome para todo o sempre. 146 1 Louvai ao Senhor. Ó minha alma, louva ao Senhor. 2 Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto viver. 3 Não confieis em príncipes, nem em filho de homem, em quem não há auxílio. 4 Sai-lhe o espírito, e ele volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos. 5 Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacob por seu auxílio, e cuja esperança está no Senhor seu Deus 6 que fez os céus e a terra, o mar e tudo quanto neles há, e que guarda a verdade para sempre; 7 que faz justiça aos oprimidos, que dá pão aos famintos. O Senhor solta os encarcerados; 8 o Senhor abre os olhos aos cegos; o Senhor levanta os abatidos; o Senhor ama os justos. 9 O Senhor preserva os peregrinos; ampara o órfão e a viúva; mas transtorna o caminho dos ímpios. 10 O Senhor reinará eternamente: o teu Deus, ó Sião, reinará por todas as gerações. Louvai ao Senhor! 147 1 Louvai ao Senhor; porque é bom cantar louvores ao nosso Deus; pois isso é agradável, e decoroso é o louvor. 2 O Senhor edifica Jerusalém, congrega os dispersos de Israel; 3 sara os quebrantados de coração, e cura-lhes as feridas; 4 conta o número das estrelas, chamando-as a todas pelos seus nomes. 5 Grande é o nosso Senhor, e de grande poder; não há limite ao seu entendimento. 6 O Senhor eleva os humildes, e humilha os perversos até a terra. 7 Cantai ao Senhor em acção de graças; com a harpa cantai louvores ao nosso Deus. 8 Ele é que cobre o céu de nuvens, que prepara a chuva para a terra, e que faz produzir erva sobre os montes; 9 que dá aos animais o seu alimento, e aos filhos dos corvos quando clamam. 10 Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz nas pernas do homem. 11 O Senhor se compraz nos que o temem, nos que esperam na sua benignidade. 12 Louva, ó Jerusalém, ao Senhor; louva, ó Sião, ao teu Deus. 13 Porque ele fortalece as trancas das tuas portas; abençoa aos teus filhos dentro de ti. 14 Ele é quem estabelece a paz nas tuas fronteiras; quem do mais fino trigo te farta; 15 quem envia o seu mandamento pela terra; a sua palavra corre mui velozmente. 16 Ele dá a neve como lã, esparge a geada como cinza, 17 e lança o seu gelo em pedaços; quem pode resistir ao seu frio? 18 Manda a sua palavra, e os derrete; faz soprar o vento, e correm as águas; 19 ele revela a sua palavra a Jacob, os seus estatutos e as suas ordenanças a Israel. 20 Não fez assim a nenhuma das outras nações; e, quanto às suas ordenanças, elas não as conhecem. Louvai ao Senhor! 148 1 Louvai ao Senhor! Louvai ao Senhor desde o céu, louvai-o nas alturas! 2 Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todas as suas hostes! 3 Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as estrelas luzentes! 4 Louvai-o, céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus! 5 Louvem eles o nome do Senhor; pois ele deu ordem, e logo foram criados. 6 Também ele os estabeleceu para todo sempre; e lhes fixou um limite que nenhum deles ultrapassará. 7 Louvai ao Senhor desde a terra, vós, monstros marinhos e todos os abismos; 8 fogo e saraiva, neve e vapor; vento tempestuoso que escuta a sua palavra; 9 montes e todos os outeiros; árvores frutíferas e todos os cedros; 10 feras e todo o gado; répteis e aves voadoras; 11 reis da terra e todos os povos; príncipes e todos os juízes da terra; 12 mancebos e donzelas; velhos e crianças! 13 Louvem eles o nome do Senhor, pois só o seu nome é excelso; a sua glória é acima da terra e do céu. 14 Ele também exalta o poder do seu povo, o louvor de todos os seus santos, dos filhos de Israel, um povo que lhe é chegado. Louvai ao Senhor! 149 1 Louvai ao Senhor! Cantai ao Senhor um cântico novo, e o seu louvor na assembleia dos santos! 2 Alegre-se Israel naquele que o fez; regozijem-se os filhos de Sião no seu Rei. 3 Louvem-lhe o nome com danças, cantem-lhe louvores com adufe e harpa. 4 Porque o Senhor se agrada do seu povo; ele adorna os mansos com a salvação. 5 Exultem de glória os santos, cantem de alegria nos seus leitos. 6 Estejam na sua garganta os altos louvores de Deus, e na sua mão espada de dois gumes, 7 para exercerem vingança sobre as nações, e castigos sobre os povos; 8 para prenderem os seus reis com cadeias, e os seus nobres com grilhões de ferro; 9 para executarem neles o juízo escrito; esta honra será para todos os santos. Louvai ao Senhor! 150 1 Louvai ao Senhor! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder! 2 Louvai-o pelos seus actos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza! 3 Louvai-o ao som de trombeta; louvai-o com saltério e com harpa! 4 Louvai-o com adufe e com danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flauta! 5 Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos altissonantes! 6 Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor!