Job 38:4-30

Portuguese(i) 4 Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Faz-mo saber, se tens entendimento. 5 Quem lhe fixou as medidas, se é que o sabes? ou quem a mediu com o cordel? 6 Sobre que foram firmadas as suas bases, ou quem lhe assentou a pedra de esquina, 7 quando juntas cantavam as estrelas da manhã, e todos os filhos de Deus bradavam de júbilo? 8 Ou quem encerrou com portas o mar, quando este rompeu e saiu da madre; 9 quando eu lhe pus nuvens por vestidura, e escuridão por faixas, 10 e lhe tracei limites, pondo-lhe portas e ferrolhos, 11 e lhe disse: Até aqui virás, porém não mais adiante; e aqui se quebrarão as tuas ondas orgulhosas? 12 Desde que começaram os teus dias, deste tu ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar, 13 para que agarrasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela? 14 A terra se transforma como o barro sob o selo; e todas as coisas se assinalam como as cores dum vestido. 15 E dos ímpios é retirada a sua luz, e o braço altivo se quebranta. 16 Acaso tu entraste até os mananciais do mar, ou passeaste pelos recessos do abismo? 17 Ou foram-te descobertas as portas da morte, ou viste as portas da sombra da morte? 18 Compreendeste a largura da terra? Faz-mo saber, se sabes tudo isso. 19 Onde está o caminho para a morada da luz? E, quanto às trevas, onde está o seu lugar, 20 para que às tragas aos seus limites, e para que saibas as veredas para a sua casa? 21 De certo tu o sabes, porque já então eras nascido, e porque é grande o número dos teus dias! 22 Acaso entraste nos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva, 23 que eu tenho reservado para o tempo da angústia, para o dia da peleja e da guerra? 24 Onde está o caminho para o lugar em que se reparte a luz, e se espalha o vento oriental sobre a terra? 25 Quem abriu canais para o aguaceiro, e um caminho para o relâmpago do trovão; 26 para fazer cair chuva numa terra, onde não há ninguém, e no deserto, em que não há gente; 27 para fartar a terra deserta e assolada, e para fazer crescer a tenra relva? 28 A chuva porventura tem pai? Ou quem gerou as gotas do orvalho? 29 Do ventre de quem saiu o gelo? E quem gerou a geada do céu? 30 Como pedra as águas se endurecem, e a superfície do abismo se congela.